Exportações de saúde batem recordes
Em 2016, as vendas para fora do País foram mais do dobro das contabilizadas oito anos antes.
Há muito que deixámos apenas de exportar cortiça ou azeite. Hoje mais do que nunca o País exporta ‘saúde’ e a prová-lo estão os números. De acordo com os dados do Health Cluster Portugal (HCP), as exportações do setor da saúde atingiram um novo máximo em 2016: 1.411 milhões de euros, mais do dobro do valor registado em 2008. Quando comparando com o verificado no ano anterior, este número diz respeito a uma subida de 16%.
Um aumento que, confirma em comunicado Joaquim Cunha, diretor executivo do HCP, é sem dúvida «significativo». E que revela «o bom trabalho que o setor da saúde tem vindo a desenvolver, onde se destaca o papel das empresas da área dos medicamentos, das matérias-primas e dos dispositivos médicos, que têm vindo a posicionar-se de forma competitiva nos mercados externos». E tem sido assim, acrescenta a mesma fonte, ao longo dos «últimos nove anos».
De tal forma que as exportações na área da saúde têm «hoje um considerável peso na economia nacional». Ainda assim, há desafios que importa não esquecer. E que é preciso enfrentar, sendo o principal «dar continuidade aos investimentos». A este junta-se a necessidade de «criar condições de estabilidade e trabalhar as questões ligadas à reputação, para que o setor português da saúde passe a ser visto lá fora como uma referência».
Medicamentos lideram
À frente na lista de produtos mais exportados estão os medicamentos (75%). Mas há mais, como o material médico-cirúrgico (19%) e matérias-primas (5,5%). A análise feita pelo HCP permite ver outra coisa: quem compra o que é ‘made in Portugal’. E aqui destacam-se, com os maiores importadores, os Estados Unidos da América, a Alemanha, o Reino Unido, a Espanha e a França.
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