População "não interiorizou" gravidade da situação no início do atual confinamento
A população portuguesa "não interiorizou", no início do atual confinamento geral, a gravidade da situação e a necessidade de cumprir as novas regras para conter o aumento de casos de covid-19, indica o último relatório do estado de emergência.
"No período em análise [16 a 30 de janeiro], com a adoção de medidas mais restritivas no quadro do estado de emergência e, apesar de se verificar um crescimento de novos casos diários de contágio da doença, constatou-se, numa fase inicial, que a população em geral não interiorizou a gravidade da situação vivida e a necessidade de cumprimento estrito das novas regras em vigor, razão pela qual o Governo teve de fazer duas alterações ao decreto do estado de emergência", refere o documento entregue na Assembleia da República.
O relatório referente ao estado de emergência entre 16 e 30 de janeiro sublinha também que o número crescente de pessoas em isolamento constituiu "uma séria dificuldade para as forças de segurança", sobretudo na região Centro, devido à necessidade de aumentar o número de efetivos afetos a esta tarefa.